João José
Ferreira de Aguiar-Nasceu em Goiana-PE, a 10.01.1810, filho de Antônio Ferreira
de Aguiar e d. Úrsula das Virgens Martins de Aguiar. Bacharel na primeira turma
da Faculdade de Direito de Olinda (1832); Juiz deDireito, a partir de 1834, no
Ceará, Piauí e Pernambuco, onde foi, também, Deputado Provincial, depois
Deputado-Geral nas quinta, oitava, décima e décima-sexta legislaturas;
Professor de Direito Criminal, na Faculdade do Recife, e jornalista. Colaborou
emdiversos jornais, sobretudo no Diário de Pernambuco. Pertenceu ao Conselho de
Sua Majestade Imperial (1874) e, por Carta Imperial de 13 de fevereiro de 1836,
tornou-se o 7º Presidente da Província do Rio Grande do Norte, com posse em 1º
de maio do mesmo ano, em substituição a Basílio Quaresma Torreão, governando
até 26 de agosto de 1837. Criou a Tesouraria Provincial (out., 1836) e
organizou o Corpo Policial (nov., 1836), este criado pelo seu antecessor dois
anos antes mas já afastado: O presidente Ferreira de Aguiar propôs elevar o
número de 40 para 120 homens, indispensáveis ao policiamento da cidade e
interior da Província, e mandar adir, imediatamente, dez praças(CÂMARA CASCUDO,
p. 464). Ao deixar esta Província assumiu a administração da Província do
Ceará, aliás num dos momentos mais críticos de quantos foram deflagrados pelo
fenômeno da seca, que perduraria no triênio 1877-78-79: grassavam a tome, a
desnutrição e um sem-número de epidemias, destacando-se a varíola, dizimando
dezenas de milhares de criaturas, conforme vê-se nos anais do Instituto do
Ceará: Histórico, Geográfico e Antropológico, mas tal cortejo de misérias,
claro, não se restringiu à Província coirmã, alastrando-se por toda a região.(*)E José Ferreira assumiu o cargo em fins de 1877,
quando a crise se acentuava: (...) para minorar os efeitos das terríveis
moléstias, eterminou algumas medidas preventivas, como o asseio das barracas, o
mpedimento de aglomerados humanos num mesmo compartimento e a construção de
enfermarias (LUSTOSA COSTA, p. s.n.). O Conselheiro Aguiar, que dá nome a uma
avenida na Praia de Boa Viagem, em Recife, era Cavaleiro das Ordens da Rosa e
de Cristo e possuía o título de arão de Catuama, que lhe foi conferido por D.
Pedro II, Imperador do Brasil (decreto de 05.07.1888). Era sócio do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro-IHGB e membro titular do Instituto d’África,
de Paris. Casara-se com d. Josefa Carolina da Silva Guimarães em 1838 e faleceu
em Recife, em 18 de novembro de 1888.
(*) No
verbete do Presidente Rodrigo Lobato Marcondes Machado (1879-1880) há
referência à longa estiagem (a seca de 1877-78-79) como a mais devastadora
daquele século, na Província do Rio Grande do Norte.
FONTES:
CÂMARA
CASCUDO, Luís da. História do Rio Grande do Norte, 2ª edição. Rio de Janeiro:
Fundação José Augusto / Ed. Achiamé, 1984.AZEVEDO, Aluísio. Cronologia do Rio
rande do Norte: cinco séculos de historia. Natal: Gráfica Santa Maria,
1996.LUSTOSA COSTA, Maria Clélia. História, Ciências, Saúde -Manguinhos, vol.
11, nº 1.Rio de Janeiro: jan.-abr., 2004
FONTE - FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTOFOTO - GENI
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